Sebrae recomenda que empresário fique atento à estoque, produtos e entrega; consumidores devem redobrar cuidados na hora de efetuar compras on-line
Depois do Natal, o Dia das Mães é a melhor data para os comerciantes. Isso quando as pessoas podem ir até a loja para comprar os presentes, o que não deve ocorrer este ano. Para tentar driblar essa dificuldade, a aposta de empresários tem sido na comercialização de itens pela internet, o chamado e-commerce.
Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a crise provocada pela pandemia vai acarretar em uma queda histórica no volume de vendas no varejo. Em comparação com o ano passado, a perda de faturamento real do setor pode chegar a 59%.
A entidade também aponta que a Páscoa já mostrou o que o distanciamento social pode fazer com as vendas, mas reforça que a grande queda deve acontecer agora. Isso porque lojas de vestuário, calçados, eletrodomésticos, eletrônicos e móveis estão fechadas.
Na avaliação do gerente de Competitividade do Sebrae, César Rissete, a alternativa de vender pela internet pode ajudar a diminuir os prejuízos do varejo, assim como ocorreu em abril.
“O que aconteceu na Páscoa e tende a acontecer no Dia das Mães é o crescimento explosivo do mercado on-line. Na Páscoa, o aumento foi de 433% nas vendas on-line em relação ao ano passado. De fato, vai haver crescimento, expectativa de aumentar ainda mais o comércio eletrônico, esse será o canal pelos quais os filhos poderão presentear as mães”, analisa.
Para Rissete, o dado de que 85% dos filhos e filhas demonstraram que a pandemia não lhes tomou a vontade de presentear a mãe e vão utilizar o e-commerce para isso reforça essa tendência. A exceção deve ser o setor alimentação, possivelmente o que sofrerá o maior baque. “Aquela tradicional saída que se faz para o almoço no Dia das Mães vai ter de ser na residência, muitas vezes sem a presença dos filhos. Então, esse seguimento vai ser impactado”, observa o especialista do Sebrae.